A 1 de Janeiro de 1993, há exactamente 30 anos, dois novos Estados apareceram no mapa da Europa – a República Checa e a República Eslovaca, pondo assim fim à federação comum. O Estado, que foi criado após a Primeira Guerra Mundial, passou por muitos momentos históricos difíceis. Ao longo dos 30 anos de existência destes dois Estados, é apropriado olhar para os indicadores económicos de ambos os Estados e assim avaliar o desenvolvimento destas duas economias europeias modernas e avançadas.
Transformação e integração
Atualmente, estes países estão firmemente ancorados em instituições europeias e, para além da República Checa não membro da zona euro, são atores importantes na região. Nos anos 90, porém, não parecia um caminho fácil no caso da Eslováquia, que passou pelo governo autoritário de Vladimir Mečiar e pela exclusão do processo de integração na OTAN, o que não se aplicava aos seus vizinhos checos.
A adesão de ambos os países à União Europeia desencadeou um boom económico significativo, especialmente na Eslováquia, que registou um ritmo de convergência mais rápido para o nível de vida médio da UE, mas que praticamente estagnou nos últimos anos. A Eslováquia ainda está atrasada em relação ao seu vizinho checo, embora a estrutura das duas economias seja muito semelhante: ambas se baseiam na indústria (automóvel). A República Checa é também melhor classificada pelas agências financeiras de classificação.

Outro indicador interessante é o do mercado de trabalho, que mostra que um número recorde de eslovacos está a trabalhar, ou, a estudar na República Checa. Do lado checo, as baixas taxas de desemprego e um mercado flexível atraem muitos trabalhadores estrangeiros, incluindo os eslovacos. Os números apenas confirmam isto. O número de eslovacos a trabalhar na República Checa aumentará de 100.223 em 2009 para 214.907 no final de Novembro de 2022, de acordo com dados do Gabinete de Estatística Checo e do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais. Da perspetiva oposta, os números de checos que trabalham na Eslováquia são insignificantes.

É interessante observar o desenvolvimento destes dois países muito próximos da Europa Central. Embora já não se encontrem num estado comum, ambos os países trabalham em conjunto nas estruturas europeias e as relações entre as duas nações estão a um nível muito elevado. Claro que a língua é também uma ligação muito forte, sendo o eslovaco e o checo mutuamente inteligíveis, com algumas excepções.
Fontes: Informações sobre economia
Informação sobre indicadores de trabalho
Informação sobre a classificação